quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Depois de ter você

Depois de ter você, de que importa ser de mais alguém? Que lógica há de ter saber o que me faz bem? Para que servem madrugadas feito essas? E as conversas com a lua, da minha janela?

Depois de ter você, que sentido tem os carros que vem e vão? E toda essa solidão que me encontra quando não há mais luz? Que amor têm os homens? Qual prazer vou ter que conhecer de novo, depois?

Depois de ter você, como você pôde ser de outro? Como pôde deixar outros beijos acariciarem o seu rosto? Como foi assim, como conseguir ser tão mal para mim?

Depois de você, há de haver alguma coisa. Há de ainda ter o despercebido, o interessante e interessado. Há de sobrar algo dessas sobras de tanto amar em mim. Há de ainda fazer sentido algo assim.

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