Exclui a Maria Amália dos meus contatos
Não consigo mais chegar até ela
Mas, por mim tudo bem
Porque meu amor nunca foi dela.
Era tudo mentira daquela ingrata
Que muito testemunhou sem nada dizer
Das omissões vieram minhas paranoias
Podia escolher muitas opções,
mas nada quis fazer.
Meu coração danou a sumir pela ladeira
Que já não subia, nem descia, parecia sempre inteira
Quis fechar a porta de Amália
Que por ser passagem, porta não tinha
Quis dizer umas verdades,
Mas de caráter, nada dizia
Queria impacto, algo que machucasse tanto
a ponto que remendo nenhum curasse o seu pranto
Depois para não perder o costume
Arrebentei meu prazer
Saí pela Amália dizendo
Que gemi feito louca na cama com outro
Enquanto Maria Amália do lugar não saía
Nem assim poderia fazer
Ficou choramingando pelos cantos que já conhecia bem
Cada canto que soube que foi, fui também
Sequei suas lágrimas pelo chão, mas do seu rosto não
As do rosto deixei para a pele sugar
Ainda assim ouvi falar:
Coitada de Amália, daquele lugar
Revoltada, fingi ignorar
Entendi por fim o que vieram me dizer
Maria Amália era a coitada por abrigar
O que nem o inferno podia ceder
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
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