quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Maria Amália

Exclui a Maria Amália dos meus contatos
Não consigo mais chegar até ela
Mas, por mim tudo bem
Porque meu amor nunca foi dela.


Era tudo mentira daquela ingrata
Que muito testemunhou sem nada dizer

Das omissões vieram minhas paranoias
Podia escolher muitas opções,
mas nada quis fazer.


Meu coração danou a sumir pela ladeira
Que já não subia, nem descia, parecia sempre inteira


Quis fechar a porta de Amália
Que por ser passagem, porta não tinha
Quis dizer umas verdades,

Mas de caráter, nada dizia
Queria impacto, algo que machucasse tanto
a ponto que remendo nenhum curasse o seu pranto

Depois para não perder o costume
Arrebentei meu prazer
Saí pela Amália dizendo
Que gemi feito louca na cama com outro
Enquanto Maria Amália do lugar não saía
Nem assim poderia fazer

Ficou choramingando pelos cantos que já conhecia bem
Cada canto que soube que foi, fui também
Sequei suas lágrimas pelo chão, mas do seu rosto não
As do rosto deixei para a pele sugar

Ainda assim ouvi falar:
Coitada de Amália, daquele lugar
Revoltada, fingi ignorar


Entendi por fim o que vieram me dizer
Maria Amália era a coitada por abrigar
O que nem o inferno podia ceder







segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Rua Indaiaçu. Subi tudo até me sentir mais perto do céu. Comprei uma garrafa de 600ml de cerveja. Cheguei na igreja de Santo Antônio. Bebi a cerveja toda. Virei o copo e a cerveja. Fui embora satisfeita. Ninguém havia de ser mais cruel.