segunda-feira, 2 de junho de 2014

O acaso se faz tão cruel que parece que Deus se recusou a assinar embaixo.
Não tenho vocação para Penélope, mulher de Ulisses, que esperou vinte anos pelo marido. A vida é muito curta para esperar incansavelmente por alguém, até porque se quisesse realmente, aqui estaria. Não sei como as mulheres ainda conseguem sofrer por amor, como parte dos homens consegue não guarda-las. Meu amor termina assim que ouço o não. É claro que ser convidada a se retirar dói, mas cá entre nós, dói muito mais no orgulho... Aposto que se tivesse em minha cama, só mais uma vez, aquele que me disse não, eu viveria muito feliz e sem complexos. Mas nem sempre é assim.
A questão é que a vida é muito curta para esperar por alguém que pode nem chegar novamente ou para insistir que o que era pode voltar a ser algum dia. Eu não consigo esperar o chocolate esfriar nem seguro meu dedo a raspar o bolo antes de cantar parabéns sequer espero a tampa do dvd fechar... Logo, não espero por ninguém, nunca. Quem quer mesmo, aqui está e daqui não sai.